25 setembro 2006

Tecnologia ao alcance de todos


Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do tempo confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.

Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que - claro - com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, dos 32,1 milhões de usuários da rede no país, a maioria é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. "O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador", diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. "O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar", diz Silvia Fichmann, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criarpáginas na internet para a garotada publicar seus textos.

Na educação precisamos de pessoas que sejam competentes e que ao educar facilite, num clima de confiança, interações pessoais e grupais que ultrapassem o conteúdo para que ajude a construir seu conhecimento.

Fonte de pesquisa

WWW.eca.usp.br/prof./moran/uber.htm

www.novaescola.com.br-ed.195setembro2006

Marisol Baptista Nunes.